quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Nova aberração pseudopecontecostal: derramar óleo sobre a própria cabeça

Muitos pregadores, ignorando que a Bíblia é a nossa regra de fé, de prática e de viver, estão agindo por conta própria. E, quando são questionados, dizem: “Não podemos pôr Deus em uma camisa de força”. Esses “ungidos” deveriam atentar para o que está escrito em 1 Coríntios 14.37: “Se alguém cuida ser profeta ou espiritual, reconheça que as coisas que vos escrevo são mandamentos do Senhor”. Afinal, se não quisermos ser guiados e controlados pela Palavra (Sl 119.105), para quê serve este livro?Neste breve artigo, quero discorrer um pouco sobre o uso indevido da unção com óleo. Há igrejas e ministérios da atualidade empregando-a de modo indiscriminado, dando de ombros” para o que as Escrituras ensinam. Escrevo este texto na esperança de poder lançar luz sobre esse assunto, desmistificando-o, a fim de ajudar quem tem desejo de agir segundo o que está escrito (1 Co 4.6).
Em primeiro lugar, de acordo com a Palavra de Deus, a unção com óleo, para nós, que somos a Igreja neotestamentária, aplica-se somente aos enfermos. E apenas os ministros estão autorizados a ungir (os enfermos, repito). 
Em Marcos 6.13 vemos que somente os apóstolos do Senhor ungiam. Tiago, por conseguinte, ao mencionar presbíteros (5.14,15), referiu-se aos ministros chamados por Deus, vedando essa prática aos membros. 
Certos pregadores, que não querem obedecer aos mandamentos de Deus, têm afirmado que os crentes devem ungir casas, carros, etc. Alguns “ungidos” ungem até cidades! Um deles contou, recentemente, que, ao chegar a uma cidade, Deus lhe revelou uma nova estratégia de evangelização — percorrer a cidade inteira de carro, derramando azeite por onde passasse. Haja azeite! Se essa é a solução, como ungir uma cidade grande como o Rio de Janeiro?! E se alguém resolver ungir todo o Brasil?!
Há alguns anos, seguidores de um grupo “evangélico” resolveram, num “ato profético”, escalar e ungir o Dedo de Deus, na região serrana do Rio de Janeiro. Segundo eles, esse pico é um chamariz da presença de Deus. Além disso, bem próximo dele há outro que, de tão parecido, chega a se confundir com ele — a Agulha do Diabo, que também deveria ser ungido. Com isso, declararam “profeticamente” que o Estado pertence ao Senhor e que toda ação diabólica foi quebrada!
Os exageros são tantos que tenho ouvido falar até de pastores que enterram latas de óleo ou garrafas de azeite em montes, onde eles permanecem orando por algum tempo. Depois disso, desenterram o produto e o empregam para “curar” enfermos em suas campanhas de milagres, bem como ungem casas, carros, carteiras de trabalho, etc.
Como se não bastasse tudo o que já mencionei, ultimamente certos “ungidos” resolveram derramar uma grande quantidade de óleo sobre a própria cabeça... Qual dos apóstolos do Senhor Jesus fez isso, ao andar na terra? Paulo, que disse “Sede meus imitadores, como eu sou de Cristo” (1 Co 11.1), derramou óleo sobre a cabeça para dizer que é verdadeiramente ungido?
Nos tempos da Antiga Aliança, reis, profetas, sacerdotes e coisas (colunas, objetos, etc.) eram ungidos (Gn 31.13; Êx 30.26-30; 40.15; 1 Sm 10.1; 1 Rs 19.16; Sl 133). A unção simbolizava consagração de pessoas ou coisas ao Senhor. Mas, no Novo Testamento, Jesus afirmou, após ter lido um trecho de Isaías (61.1-2), que a profecia quanto à unção do Espírito sobre a sua vida tinha se cumprido (Lc 4.18-21). Deus o ungira, no plano espiritual, e isso em si já era o bastante para o cumprimento de sua missão na Terra (At 10.38).
Quanta invencionice, nesses últimos dias! Onde vamos parar? Mas quem tem a unção do Santo (1 Jo 2.20) não se deixa enganar. Que o Senhor nos ajude a aprender, a cada dia, que o Evangelho nada tem a ver com o misticismo. O Evangelho é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê!

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Principais religiões no Brasil

CATOLICISMO

 
A principal religião do Brasil, desde o século XVI, tem sido o catolicismo romano. Ela foi introduzida por missionários que acompanharam os exploradores e colonizadores portugueses nas terras do país recém-descoberto. O Brasil é considerado o maior país do mundo em número de católicos nominais, com 73,8% da população brasileira declarando-se católica, de acordo com o Censo do IBGE de 2000. Porém, sua hegemonia deve ser relativizada devido ao grande sincretismo religioso existente no país
Entre as tradições populares do catolicismo no Brasil estão as peregrinações à Igreja de Nossa Senhora Aparecida. Nossa Senhora Aparecida acabou por tornar-se a Padroeira do Brasil. Outras festas católicas importantes são o Círio de Nazaré, Festa do Divino e a Festa do Divino Pai Eterno, mais conhecida como Romaria de Trindade, em Goiás.
No transcorrer do século XX, foi perceptível uma diminuição no interesse pelas formas tradicionais de religiosidade no país. Um reflexo disso é o aparecimento de grande número de pessoas que se intitulam católicos não-praticantes.
Atualmente, pesquisas mostram que o número de católicos parou de cair no Brasil depois de mais de 130 anos de queda.[10]
A Renovação Carismática Católica (RCC) chegou ao Brasil no começo dos anos 1970, e ganhou força em meados dos anos 1990. O movimento busca dar uma nova abordagem à evangelização e renovar algumas práticas da tradição católica, incentivando uma experiência pessoal com Deus através do Espírito Santo. Assemelha-se em certos aspectos às Igrejas Pentecostais, como no uso dos dons do Espírito Santo, na adoção de posturas que poderiam ser rotuladas como fundamentalistas e numa maior rejeição ao sincretismo religioso por parte de seus integrantes.
Com forte presença leiga, a RCC responde hoje por grande parte dos católicos praticantes do país. Uma das comunidades carismáticas mais conhecidas é a Canção Nova que possui um canal de televisão mantido por doações e é presidida pelo monsenhor Jonas Abib. Outro ícone da RCC no Brasil é o Padre Marcelo Rossi, fenômeno de mídia e cultura de massas que surgiu no final da década de 1990, cantando e fazendo coreografias tanto em programas de televisão quanto em missas, propondo-se a pregar a mensagem de Cristo conforme ensinada pela Igreja Católica.
Apesar de manter grande homogeneidade denominacional, o catolicismo conta com algumas dissidências, dentre as quais a Igreja Católica Apostólica do Brasil
Segundo pesquisa do Datafolha divulgada em março de 2010, 61% dos brasileiros são católicos e os evangélicos são 25%[11].

PROTESTANTISMO

O Protestantismo é o segundo maior segmento religioso do Brasil, representado principalmente pelas igrejas evangélicas com, aproximadamente, 26,1 milhões de fiéis.[1]

O protestantismo caracteriza-se pela grande diversidade denominacional, livre interpretação da Bíblia, e nenhuma instituição, concílio ou convenção geral que agregue e represente os protestantes como um todo. Cada denominação religiosa protestante tem plena autonomia administrativa e eclesiástica em relação as outras igrejas congêneres, porém todas fazem parte de um mesmo movimento religioso interno ao cristianismo, que começou com a Reforma Protestante de Martinho Lutero em 1517. A maioria das denominações religiosas protestantes mantêm relações fraternais umas com as outras.
O protestantismo chegou ao Brasil pela primeira vez com viajantes e nas tentativas de colonização do Brasil por huguenotes (nome dado aos reformados franceses) e reformados holandeses e flamengos durante o período colonial. Esta tentativa não deixou frutos persistentes. Uma missão francesa enviada por João Calvino se estabeleceu, em 1557, numa das ilhas da Baía de Guanabara, fundando a França Antártica. No mesmo ano, esses calvinistas franceses realizaram o primeiro culto protestante no Brasil e, de acordo com alguns, da própria América. Mas, pela predominância católica, foram obrigados a defender sua fé ante as autoridades, elaborando a Confissão de Fé de Guanabara, assinando, com isso, sua sentença de morte, pondo um fim no movimento.
Por volta de 1630, durante o domínio holandês em Pernambuco, a Igreja Cristã Reformada (Igreja Protestante na Holanda) instalou-se no Brasil Foram fundadas 22 igrejas protestantes no Nordeste, sendo que a maior era a do Recife e contava, inclusive, com uma congregação inglesa e uma francesa. Esta se reunia no templo gálico, que tinha no conde Maurício de Nassau seu membro mais ilustre. A Igreja Cristã Reformada batizou índios, lutou por sua libertação e pretendia traduzir a Bíblia para o tupi e ordenar pastores indígenas. Esse período se encerrou com a guerra de Restauração portuguesa. Quando não houve mais condições de manter Recife, o Nordeste foi devolvido a Portugal. Terminava assim a missão cristã reformada, impossível sem a proteção de um país protestante.[12]
As primeiras igrejas chegaram ao Brasil quando, com a chegada da família real portuguesa para o Brasil e a abertura dos portos a nações amigas por meio do Tratado de Comércio e Navegação, comerciantes ingleses estabeleceram a Igreja Anglicana no país, em 1811. Seguiu-se a implantação de outras igrejas de imigração: alemães trouxeram a Igreja Luterana, em 1824, e também a Igreja Adventista, em 1890, e imigrantes americanos trouxeram as Igrejas Batista e Metodista. Os missionários Robert Kalley e Ashbel Green Simonton trouxeram as Igrejas Congregacional (em 1855) e Presbiteriana (em 1859), respectivamente, estas voltadas ao público brasileiro.
Em 1910, o Brasil receberia o pentecostalismo, com a chegada da Congregação Cristã no Brasil (1910) e da Assembleia de Deus (1911). A partir de 1950, o pentecostalismo transformou-se com a influência de movimentos de cura divina que geraram diferentes denominações, tais como a Igreja "O Brasil Para Cristo" e a Igreja do Evangelho Quadrangular. Nessa época, algumas denominações protestantes que eram tradicionais adicionaram o fervor pentecostal, como exemplo, a Convenção Batista Nacional e as igrejas Presbiteriana Renovada e Igreja Cristã Maranata, ambas surgidas a partir da Igreja Presbiteriana do Brasil.
Na década de 1970, surgiu o movimento neopentecostal, com igrejas mais secularizadas, padrões morais menos rígidos, e ênfase na teologia da prosperidade, como a Igreja Universal do Reino de Deus. A partir dos anos 1980, surgiram igrejas neopentecostais com foco nas classes média e alta, trazendo um discurso ainda mais liberal quanto aos costumes e menos ênfase nas manifestações pentecostais. Dentre essas igrejas se destacam a Igreja Renascer em Cristo e a Igreja Evangélica Cristo Vive.
Nas últimas décadas, o protestantismo principalmente as Igrejas Pentecostais vem ganhando muitos adeptos, sendo o segmento religioso com maior índice de crescimento. A maioria das igrejas protestantes estão presentes: no Rio Grande do Sul( descendentes de alemães, que trouxeram a Igreja Luterana, maior grupo religioso da Alemanha até os dias de hoje), nas grandes capitais do sudeste, como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte(onde as igrejas Batistas têm grande espaço), Goiânia e Brasília( onde a igreja Sara Nossa Terra têm grande percentual da população). Os protestantes estão em número bastante significativo nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e em toda a região centro-oeste.[13]
Restauracionistas-Protestantismo incluem Igreja Universal do Reino de Deus (incluindo seus setores) e Membros da Igreja de Deus Internacional. O Membros da Igreja de Deus Internacional, conhecido por a "O Caminho Antigo" espetáculo de televisão, tem um número crescente de membros no Norte do Brasil.[14]

 ADVENTISMO

No Brasil são 1.200.000 membros da IASD em 2000 sob a coordenação de sete Uniões que administram as Associações e Missões. As instituições da IASD do Brasil e de sete países latino-americanos formam a Divisão Sul Americana, com sede em Brasília, Distrito Federal.

O adventismo chegou no Brasil em 1884 através de publicações que chegaram pelo porto de Itajaí com destino a cidade de Brusque, no interior de Santa Catarina. Em maio de 1893 chegou o primeiro missionário adventista, Alberto B. Stauffer que introduziu formalmente através da Colportagem os primeiros contatos com a população. Em abril de 1895 foi realizado o primeiro batismo em Piracicaba, SP, sendo Guilherme Stein Jr o primeiro converso. Inicialmente os estados brasileiros com maior presença germânica foram atingidos pela literatura adventista. Conforme informações repassadas pelo pastor F Westphal, a primeira Igreja Adventista do Sétimo Dia em solo nacional foi estabelecida na região de Gaspar, em Santa Catarina, em 1895, seguida por congregações no Rio de Janeiro e em Santa Maria de Jetibá, no Espírito Santo, todas no mesmo ano.
Com a fundação da gráfica adventista em 1905 em Taquari, RS (atual Casa Publicadora Brasileira[15] localizada em Tatuí-SP), o trabalho se estabeleceu entre os brasileiros e se expandiu em todos os estados. A primeira Escola Adventista no Brasil surgiu em 1896 na cidade de Curitiba. Em 2005 somam-se 393 escolas de ensino fundamental e 118 do ensino médio com o total de 111.453 alunos e seis instituições de Ensino Superior (IES) com mais de cinco mil alunos que tem no Centro Universitário Adventista de São Paulo, sua matriz educacional. O UNASP[16] como é conhecida esta IES, surgiu em 1915, no Capão Redondo, SP e hoje conta com três campi: na cidade de São Paulo, em Engenheiro Coelho e Hortolândia.

MORMONISMO

Chegou no Brasil em 1923, por meio de imigrantes alemães, porém o trabalho de proselitismo só se iniciou em 1927, com a chegada de uma dupla de missionários. Esses missionários não falavam o português muito bem, então as reuniões no início eram dirigidas em alemão. A Missão São Paulo Brasil (uma espécie de departamento regional de proselitismo) Foi a primeira criada no país, atualmente são 28. Hoje, existem mais de 1800 capelas mórmons em todas as Unidades da Federação Brasileira.[carece de fontes?]
Os membros de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, também conhecidos como mórmons, tem aqui no Brasil o 2° maior país com população mórmon do mundo,[17] mais de 1 milhão de membros atualmente, superado apenas pelos Estados Unidos. Em 2000, o censo do IBGE mostrou haver no Brasil somente 200 mil pessoas que se dizem membros desta denominação. Entre 2000 e 2006 a Igreja Mórmon cresceu cerca de 460% no Brasil.[carece de fontes?]
A Igreja Mórmon no Brasil é presidida pelos Élderes (título que significa "senhor","Irmao mais velho", "ancião") Ulisses Soares (Presidente), Stanley G. Ellis (Primeiro Conselheiro) e Carlos A. Godoy (Segundo Conselheiro). Até abril de 2007, os mórmons eram divididos em duas áreas geográficas distintas, a Área Brasil Norte (sediada em Recife), e a Área Brasil Sul (sediada em São Paulo).
Só no Brasil os mórmons tem cinco templos construídos, dedicados e em funcionamento (em São Paulo, Recife, Porto Alegre, Campinas e Curitiba), um em construção (em Manaus) e um a construir em Fortaleza. Pela crença mórmon, nesses templo são realizadas ordenanças como batismo vicário e selamento de famílias, além de ser um lugar de aprendizado e espiritualidade.
Hoje a Igreja vem crescendo muito em Curitiba e Porto Alegre, se espalhando pelo país. Muitos missonarios estrangeiros estão vindo para o Brasil a cada mes, pregando o evangelho por toda parte do país, e estão obtendo sucesso.
É brasileiro o primeiro mórmon negro a receber um chamado de Autoridade Geral (autoridade a nível mundial), seu nome é Helvécio Martins. Hoje há cinco brasileiros servindo como Autoridades Gerais: Cláudio R. M. Costa, Marcos A. Aidukaitis, Carlos A. Godoi e Ulisses Soares e Jairo Mazzagardi. Durante todos os anos desde a chegada da Igreja Mórmon ao Brasil, somente um mórmon foi eleito ao Congresso Nacional, Moroni Torgan, do estado do Ceará.

 TESTEMUNHAS DE JEOVÁ

No Brasil, as Testemunhas de Jeová vem crescendo consideravelmente. Estima-se que mais de 700.000 membros servem ativamente como publicadores e missionários neste país.

Foi em 1899 que Sarah Bellona Ferguson,[18] de São Paulo, recebeu pela primeira vez dos Estados Unidos, por correio, algumas publicações da Sociedade Torre de Vigia. Ao passo que aprendia o que as Testemunhas chamam de "as preciosas verdades bíblicas", fazia o possível para transmiti-las a outros. Quando surgiu a oportunidade para isso, ela foi batizada, depois de uns 25 anos.
No ínterim, oito jovens marinheiros brasileiros,[18] de licença do seu navio na cidade de Nova York, ficaram interessados nas reuniões dos Estudantes da Bíblia (como se chamavam então as Testemunhas de Jeová). Obtiveram ali uma Bíblia em português. Foram também ajudados a entendê-la. Quando voltaram ao Brasil, em março de 1920, depois de se terem associado por alguns meses com os Estudantes da Bíblia em Nova York, eles continuaram a se reunir e a falar a outros sobre o que haviam aprendido. No começo, usavam as publicações da Torre de Vigia em espanhol como ajudas para o estudo, porque não havia nada disponível em português. Poucos anos depois, George Young foi o primeiro missionário enviado ao Brasil, e foi providenciado que se traduzissem e imprimissem publicações em português. Em 1923, foi aberta no Rio de Janeiro uma congênere da Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados (dos EUA), a fim de promover a educação bíblica neste vasto país.
Mas as Testemunhas de Jeová tornaram-se grandes no Brasil, estando presentes em todos os estados do país, em mais de 10.000 congregações, segundo o Anuário das Testemunhas de Jeová. A Sede das Testemunhas de Jeová aqui no Brasil localiza-se em Cesário Lange, no interior de São Paulo.
As reuniões das Testemunhas de Jeová já ultrapassam uma média de um milhão pessoas presentes ao ano, sendo que 1,681,986[19] pessoas estiveram presentes em sua principal reunião anual de 2010, a Comemoração da Morte de Cristo. Os Estados com maior número de Testemunhas de Jeová são: São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia e Rio Grande do Sul
Se ressalta o trabalho voluntário realizado com os surdos e cegos. Por exemplo, em todo o Brasil, voluntários Testemunhas de Jeová ajudam milhares de surdos, desde a alfabetização na sua primeira língua, como a LIBRAS, passando pelo idioma escrito, quando se aplica. Traduzem e distribuem Bíblias e outros livros para DVDs em vídeos[20] para distribuição gratuita aos surdos. Tem-se dado atenção especial a estes, oferecendo seu trabalho voluntário como intérpretes em língua de sinais, acompanhando os surdos em escolas, médicos, advogados, entrevista de emprego, etc. Elas têm oferecido também aos familiares e até mesmo colegas de trabalho dos surdos a oportunidade de conhecerem a língua de sinais, e para isso usam DVDs visuais ou outra publicação produzida pelas próprias Testemunhas com o objetivo de facilitar o aprendizado e a inclusão social e espiritual dos surdos à suas famílias e às suas comunidades.

 CRISTIANISMO ORTODOXO

A Catedral Metropolitana Ortodoxa, localizada em São Paulo, na rua Vergueiro, além de ser a da Arquidiocese da Igreja Católica Ortodoxa Antioquina de São Paulo é, também, de todo o Brasil. É um exemplo de construção arquitetônica bizantina que pode ser apreciado na América do Sul. Seu projeto, cuja edificação teve início da década de 1940, foi inspirado na Basílica de Santa Sofia em Constantinopla (atual Istambul) e foi inaugurada em janeiro de 1954. Contudo, ainda tem pequena representação no país, apesar de já ter alguma visibilidade.

ESPIRITISMO

O espiritismo é uma das religiões que mais tem crescido no Brasil. Em 2000, o Brasil concentrava 2,3 milhões de espíritas. Em 2005, estimava-se a existência de 10 milhões de espíritas no mundo inteiro (Encyclopaedia Britannica). Desse total, aproximadamente 3 milhões vivem no Brasil, fazendo dessa a maior nação espírita do planeta. Estima-se, porém, que o número de simpatizantes do espiritismo no Brasil gire em torno de 20 milhões.[carece de fontes?]
Como doutrina filosófica, o espiritismo foi sistematizado pelo pedagogo francês Allan Kardec n'O Livro dos Espíritos, publicado em 18 de abril de 1857. No Brasil, contudo, houve uma forte ressignificação das idéias espíritas, que foram carregadas de um viés muito mais religioso do que o existente na Europa. Foi dentro dessa perspectiva que o espiritismo foi amplamente divulgado no Brasil, ainda na segunda metade do século XIX, atraindo principalmente a classe média. Em setembro de 1865, em Salvador, Bahia, foi criado o "Grupo Familiar do Espiritismo", o primeiro centro espírita brasileiro. Em 1873, fundou-se a "Sociedade de Estudos Espíritas", com o lema "Sem caridade não há salvação; sem caridade não há verdadeiro espírita". Esse grupo dedicou-se a traduzir para o português as obras de Kardec, como "O Livro dos Espíritos", "O Livro dos Médiuns", "O Evangelho Segundo o Espiritismo", "O Céu e o Inferno" e "A Gênese".
Foi nesse contexto que Adolfo Bezerra de Menezes aderiu à doutrina espírita, tornando-se um dos maiores expoentes do espiritismo do país. Bezerra de Menezes foi presidente da Federação Espírita Brasileira (FEB) por duas gestões. A FEB foi fundada em janeiro de 1884, pelo Sr. Elias da Silva, com a finalidade de unificar o pensamento espírita no Brasil.
No dia 2 de abril de 1910, nasceu Francisco Cândido Xavier, conhecido simplesmente como Chico Xavier. Aos 5 anos de idade, Chico afirmou conversar com o espírito de sua mãe. Humanitário, o médium foi indicado duas vezes ao prêmio Nobel da Paz[carece de fontes?]. Responsável direto pelo grande número de adeptos que a religião conseguiu no Brasil, Chico Xavier é reconhecido mundialmente pela comunidade espírita[carece de fontes?]. Os mais de 400 livros psicografados por ele foram traduzidos em inúmeras línguas, entre elas o esperanto[carece de fontes?]. Chico Xavier morreu em 30 de junho de 2002

As grandes surpresas do último censo religioso brasileiro

PrimeiraÀ vista dos censos anteriores e de vários outros fatores, os observadores mais atentos esperavam número bem menor de católicos. A lembrança é do sociólogo da religião do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (CEBRAP) e professor do departamento de sociologia da USP, Antônio Flávio Pierucci. Numa população de 170 milhões de habitantes, os católicos são 125 milhões – três quartos de todos os brasileiros. “É católico que não acaba mais”, diz o sociólogo.
Segunda
Levando em conta as taxas elevadíssimas do crescimento do protestantismo histórico, pentecostal e neopentecostal dos últimos 20 anos, bem como “a extrema visibilidade e a penetrante vocalidade dos evangélicos na cena brasileira” (Pierucci), esperava-se número bem maior de evangélicos. Os protestantes são 26 milhões, apenas 15% da população.
Terceira
Talvez a maior de todas as surpresas do último censo religioso seja o enorme crescimento dos sem-religião. Esses crentes a seu jeito, que não assumem compromisso com nenhum grupo religioso, eram 1% dos brasileiros 20 anos atrás e agora são 7,3% (mais de 12 milhões), o que corresponde a quase a metade dos evangélicos.
Quarta
A surpresa geral é a constatação do encolhimento numérico dos adeptos de Umbanda e outros cultos afros. A porcentagem de umbandistas no censo de 2000 é extremamente pequena – apenas 0,34% . Continua sendo uma religião urbana.
Quinta
Embora o número de religiões seja cada vez maior no Brasil e no mundo, o aumento da tolerância religiosa no Brasil surpreende. Segundo o editorial do Jornal do Brasil de 11 de maio de 2002, “a diversidade [religiosa] é bem mais aceita do que era, as pessoas se sentem livres para abraçar a religião com a qual mais se identificam”. Isso seria o ápice do decreto que determinou a separação entre o Estado e a Igreja, logo após a proclamação da República. Para permanecer nessa rota, explica o Jornal do Brasil, “é importante que o Estado se mantenha laico até para garantir com maior isenção a liberdade e a pluralidade dos cultos”.